O mar que me alimentou E que terno me abraçou No dia da despedida. O mar Que reflectia a minha dor A quem contava segredos d'amor Onde eu lavava o coração De qualquer desilusão. O mar Que foi o meu mundo Lindo... Imenso... Profundo... E também o caminho Dos que deixaram o ninho Clandestinos ou não. Onde caíram minhas lágrimas E as de tantos outros ilhéus Que a terra deixaram E como eu choraram Ao deixar os seus. O mar Que um dia me levou Num barco de esperança Rumo à terra prometida Com vontade de me trazer Ao cais da partida. O mar Que trago na lembrança!
Sentada em altos penedos Ao vento atirei tristezas e medos De querer partir e ficar Ali mesmo junto ao mar. O mar que me fala ao ouvido Num busio partido E me faz recordar Tanto tempo perdido!
No início do povoamento da Terceira, pelos princípios do século dezasseis, um certo dia, passavam algumas pessoas pela Ribeira das Sete, quando viram pairar sobre a água a Virgem Nossa Senhora que lhes disse:
— Estais atentos, aqui próximo, no mar, há-de aparecer uma imagem minha.
Ao afirmar isto, pôs o pé na rocha e desapareceu, deixando marcada uma pegada.
As pessoas ficaram alvoroçadas e a pensar no que tinha acontecido. Mais admiradas ficaram ainda, quando, passados dias, um caixote de madeira foi arrojado à costa, ficando depositado no fundo de um poço e ao ser aberto, depararam-se com uma imagem de Nossa Senhora da Ajuda.
Trouxeram-na para a igreja paroquial, pensado ali dedicar-lhe um altar. De noite ela mudava-se para uma furninha que ficava na rocha, onde tinha aparecido, sem que ninguém lhe tivesse tocado.
Uma mulher do lugar viu, numa dessas noites, a imagem passar na sua viagem da igreja para a lapinha, transportada pelos anjos. Num certo dia o padre e alguns homens tentaram pegar na imagem para a trazer de volta à igreja, mas, inesperadamente, ela tornou-se tão pesada que não foi possível deslocá-la dali, apesar da força dos homens.
Então o povo percebeu que a Senhora da Ajuda queria ficar naquele lugar, junto ao mar, e edificaram-lhe uma ermidinha onde colocaram a imagem de pedra.
A essa ermida, construída perto do mar, na freguesia de Santa Bárbara, a poucos quilómetros da cidade de Angra, passaram a acorrer muitos fiéis e a Senhora da Ajuda fez muitos milagres àqueles que lhe eram devotos.
Dia 13: mais uma viagem de avião, segunda paragem - Terceira, fica em Angra do Heroísmo, cidade considerada como Património Mundial pela UNESCO em 1983. Apesar da beleza que caracteriza a paisagem terceirense cidade, maravilhosa...as cores, as casas, tudo no seu conjunto forma uma paisagem digna de ser fotografada, para jamais esquecer. Aliada a esta cidade magnífica estão as paisagens de mar e as mantas de diversos verdes com vacas a pastar, os Impérios do Divino Espírito Santo, impérios majestosos espalhados pelas diversas freguesias da ilha, e como sou religiosa, apreciei bastante, quero agradecer ao nosso guia da ilha Terceira “Sr.Gregório Rocha”que teve a gentileza de nos guiar pela sua ilha, mostrando, todo o seu encanto. O tempo esteve maravilhoso, tivemos sorte, assim pudemos contemplar aquela ilha encantada, visto que, muitos turistas não tiveram a mesma sorte, porque, apanharam muito mau tempo, chuvas, nevoeiros, e não puderam ver a beleza da ilha.
A Terceira
È uma das nove ilhas dos Açores, integrante do chamado "Grupo Central". O seu nome pode ser uma alusão a ter sido esta a "terceira" das ilhas do arquipélago a ser descoberta, após as de Santa Maria e de São Miguel mas sabe-se que o seu nome inicial era ilha de Jesus Cristo e que os primeiros colonizadores eram de origem judaica e que esse facto poderá ter ditado a alteração do nome da ilha. A ilha desempenhou papel de grande importância no estabelecimento e manutenção do Império Português, devido à sua localização geográfica em pleno Atlântico Norte