NOITE
No rio a prata
Nos olhos a lua
Azuis pálidos
E esmaecidos
Que dos muros de pedra
Granítica
Se estão soltando
E que como sombras
Fantasmagóricas
No chão deslizando
São já estes animais
A meusolhospresença
Por buscá-los
Certeza nos olhos
Dou por findo
O cigarro
O travo
Com que redefino
o silêncio
No regresso
Ao mais interior
Do quarto
Solidificado