Conta a lenda que na Fuente Reniega um peregrino, cansado e sedento, foi tentado pelo diabo, que se ofereceu para o levar até uma fonte se este renegava a sua fé. O peregrino resistiu à tentação e por isso, apareceu-lhe Santiago vestido de peregrino que lhe mostrou uma fonte e lhe deu de beber pela sua vieira.
"Hoje tivemos que percorrer e procurar caminhos alternativos, porque o traçado original estava cortado devido ao mau estado provocado pela neve e pela chuva.Entre silvas e sobe e desce conseguimos chegar ao nosso destino. Santiago esteve conosco."
Esta etapa está marcada pela presença do Alto do Perdón entre Pamplona e Puente la Reina. Neste alto há um monumento ao peregrino e pode-se desfrutar de uma vista única da capital navarra.
O rio Arga será o companheiro até Pamplona depois de passar por Alkerreta e de sua floresta espessa.
Este é uma etapa curta e para apreciar, onde se encontram continuamente subidas e descidas, alternando trilhos, com algum asfalto a meio do percurso desde Trinidad de Arre até à capital navarra.
Os Caminheiros começam aqui, na localidade baixo- navarra do País Vasco Francês, o chamado “Caminho Francês”, longa rota milenária que os levará até Santiago de Compostela.
Este ponto de partida é com certeza bastante difícil mas, todos os esforços são compensados pela paisagem e a beleza da natureza. É sem dúvida uma bela forma de começar o Caminho de Santiago.
Relatos dos Caminheiros:
Roncesvalles – Larrasoaña
É uma rota feita através de bosques de faias, abetos, carvalhos e pinheiros, tão característicos do norte navarro.
Passámos pelo alto de Mezkiriz e Erro, e vamos deixando para trás lugares como Burguete –Auritz, antigo burgo de Roncesvalles, cheio de belas casas, e , onde Ernest Ermingway ficava, para se recuperar das ressacas do San Firmin, pescando no rio Irati, Espinal-Auritzberri…Zubiri e outras vilas que se atravessam antes de chegar a Larasoaña.
Esta etapa é complicada porque está cheia de subidas e descidas. Para além disto, tem como dificuldade acrescida o alternar entre o asfalto e caminhos barrentos, carreiros e pedras se todos os tamanhos. Isto obriga a que o peregrino esteja atento à alteração do piso e consiga adequar-se às suas características.
Em compensação, oferece umas paisagens fantásticas entre bosques, prados e aldeias magníficas.
Roteiro dos Amigos Caminho De Santiago Aquae Flaviae
28/03/2007- às 7:30
Preparados para a saida com uma baixa de última hora!
Ups!Afinal... havia outro!...
Mochilas Prontas, vieiras e Cajados, o material de guerra.
OLHEM SÓ O MUSCULO... QUE SAPATILHA BONITA!
E ela sorria, "xau pai!"
A Família
Pois é…já começou a contagem decrescente! Aqui estão eles de saída para o ponto de partida de mais um ano de caminhada. Nem o frio da manhã consegue arrefecer o ânimo que todos eles demonstram nos sorrisos bem presentes nos seus rostos! Para trás, expectantes ficam os familiares e amigos que no momento da partida quiseram estar presentes para lhes dar… aquela FORÇA!!!!! Para vós uma frase, que alguém já proferiu referindo-se ao Caminho:“ Caminheiro não há caminho, fazes caminho ao andar.”
Os peregrinos partem deixando atrás, pelo menos durante esse breve período de tempo, todas as coisas das quais, por vontade de Deus, devem se ocupar quotidianamente. Durante a peregrinação devem se ocupar de uma coisa, do que é indispensável, do que dá significado a tudo. A peregrinação deve ser o tempo em que se convive e conversa unicamente com o sentido de todo o nosso caminho humano. Por isso, como um retiro espiritual, a peregrinação é um momento em que podemos verificar a nossa vida, ver os nossos projectos com uma certa distância e distanciarmo-nos dos problemas contingentes. É possível que os exercícios espirituais ofereçam melhores condições para a concentração, no entanto, a peregrinação, também exigindo uma certa concentração, afasta-nos da tentação do egocentrismo, leva a ter em conta toda a comunidade e une cansaço e contemplação numa única e grande experiência espiritual.