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ANITTA BARROCO

"AQUAE FLAVIAE"

"AQUAE FLAVIAE"

TU

  TU

enlouqueces-me maravilhas-me atrapalhas-me apaixonas-me cegas-me confundes-me. Tu inspiras-me.

Tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu .....

 

 

 

Quero tanto de ti e tão próximo que anseio que fosses o ar, o chão, as paredes, tudo.

 

Que tudo o que tocasse fossem os teus braços. Que tudo o que sentisse fossem os teus lábios.

 

Como quando fecho os olhos e tudo o que não vejo és tu. Como quando não durmo e tudo o que sonho és tu.

 

Contigo não consigo respirar. Sem ti não consigo viver.

 

Quero estar tão dentro de ti que nem a luz do dia exista para mim. Quero abraçar-te tanto que todo o mundo colapse e desapareça num pequeno ponto entre os meus braços.

 

Toca-me com as tuas mãos. Faz-me desaparecer com a tua pele. Sufoca-me na tua língua. Arrasta-me pelo ar com o teu perfume. Mata-me de vez.

 

Odeio-te porque existes. Odeio-te porque não estás aqui. Amo-te tanto.

 

De repente tomo consciência da tua ausência e faz-se noite. Porque não me respondes quando te falo? Porque não te sinto quando estendo o braço? Porque te escondes?

 

 

TU

se fosses chuva, do céu só cairiam pérolas ... E até o chão gritaria de prazer

 

 

  

 

   texto  de  Luis Rodrigues 

 

 

 

CÈU

 

 

 

 

 

Não me convém

 

este poema, não me convém,

 

diz tudo o que não sinto agora

 

e não me traz o mar que me acalma

 

Só para dizer que o dia é claro,

 

mesmo quando só vemos a noite.

 

o poema impõe-se e eu sou escravo

 

mas porque há gente e eu sofro,

 

importa dizer que a luz é composta também de ideia,

 

de gente

 

talvez não como ela realmente é,

 

mas como ela se reflecte no nosso rosto.

  

mesmo na solidão a luz é um consolo,

 

porque no seu abraço

 

concluem-se memórias de afectos,

 

que nos lembra os outros

 

que agora não são,

 

já não podem ser

  

e em vez de irem para o céu,

 

porque não luz

 

Da chama da lamparina

da chama da lamparina

 

da largura do mar

do infinito do espaço

do limiar do dia

 

da volúpia da pintura

da harmonia do som

da velocidade da luz

 

do comprimento da estrada

do sorriso da criança

do calor da mãe

 

do mistério da noite

do pulsar do coração

da invisibilidade do vento

 

da cor, do movimento,do verbo....

 

como eu pudesse

 

como ia ser...

seja

 

Poema em Maio

Se eu pudesse viver apenas do ar e liberdade...

da canção do poeta, do libertador...

Se eu pudese apenas viver de rios e riachos,

da verve da catarata,

 

do lustro das penas da catatua,

do rosto alabastro de uma mulher,

do brilho de um olhar aberto

 

da vaidade do pavão,

da elegância da bailarina

 

Porque a Pedra?

 

também preciso dos poetas.

A verdade não está na esquina da rua,

os olhos não vêm a mente,

Mesmo os amantes não sabem quando amam

e o verbo sempre solto nem sempre gera revoluções.

Embora não pareça, o mundo sem poetas é um caos,

 

 

Mar

 

 

 

não tenho memória de barcos

a aventura para mim fica em terra,

por vezes vai nos navios que vejo no fio do horizonte

 

é o mar,

é o que enche a minha memória

só é mar ,mesmo, quando entra cá dentro

 

Um dia de Maio

 

e o maio com espigas começa

 

como se a vida começara agora

 

nesta repetição ciclica

 

também há no meu corpo um hábito

 

o sangue espiga a carne que atiça a alma

 

não é mês de lamento não tão pouco a esperança,

 

mas um desespero que avança

 

num campo de trigo aberto

 

das cores, o vermelho

 

do silêncio, o trovão seco

 

da palavra, o acto

 

não resta pouco ao mundo

 

resta o que fica

 

da bomba que rebenta

 

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