Prevenção do câncer mamário, o inimigo do peito
Os seios têm encanto e poesia,
Têm beleza, elegância e sedução,
Dos poetas são grata inspiração,
Com seus mistérios densos de magia.
São, do corpo, ornamentos fascinantes,
Áreas sensíveis de erotização.
São alvos de desejo e de atração,
Dos corações ardentes dos amantes.
São tépidos regaços de crianças,
Dos bebês, aconchego acolhedor;
São ninho de ternura e de amor,
Oásis aprazíveis de bonanças.
Em sua singular fisiologia
São conformados para a nutrição,
Gerando leite pra amamentação,
Natural, essencial e sadia.
Reunindo, em si, tantos valores,
Relevantes funções e utilidades,
Os seios podem ter enfermidades
Que causam frustrações e dissabores.
Câncer mamário é mal insidioso,
Pois evolui silenciosamente,
Sem causar à incauta paciente
Distúrbio ou incômodo doloroso.
Resulta de uma multiplicação,
Desordenada, em nível celular.
Dos seios, a estrutura glandular,
Poderá sofrer degeneração.
Nódulos que se formam em seus tecidos
Nem sempre são visíveis ou palpáveis.
E, não raro, só são detectáveis
Por exames de imagem requeridos.
Muito importante é fazer auto-exames,
Das mamas, como hábitos rotineiros,
Para palpar nódulos sorrateiros
Que podem ser malignos, infames.
Deixar-se examinar em consultório
Por especialista competente,
É conduta correta e pertinente,
Em alguns casos, ato obrigatório.
Mamografias (radiografias)
São indicadas ou recomendadas
Conforme anomalias encontradas,
Idade ou história de neoplasias.
Mamografias ditas digitais
Ultra-sonografia, ressonância,
Podem ser da mais alta relevância
Diante de dúvidas cruciais.
A cura é alcançada em muitos casos
Diagnosticados com precocidade.
O câncer só leva à mortalidade
Quando existem descuidos ou descasos.
Cirurgias sempre são indicadas
Como procedimento ideal.
Precoces, levam à cura radical,
Deixando as mamas pouco mutiladas.
O câncer é inimigo figadal
Que suscita temor e preconceito.
É o maior inimigo de seu peito,
Implacável, traiçoeiro, letal.
Converta o medo de ter a doença
Em coragem para se examinar.
Jamais dê chance ao cruel azar,
Que em nós se abate sem pedir licença.
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